quarta-feira, 19 de agosto de 2009

SER AVÔ




SER AVÔ

(soneto)

Autor: Francisco Jurema


Ser avô é ser “pai açucarado”.

É ser pai, duas vezes, ser avô...

É ter o coração iluminado,

Quando alguém chamar-nos de vovô...


Ser avô é pretérito passado,

Mas no neto o futuro ele encarnou...

E dentro de um presente deslumbrado

Deseja para o neto o que sonhou.


Ser avô é fazer qualquer vontade,

É perder, por completo, a autoridade,

Fingindo ter rigor... quando está só.


Ser avô é sorrir de peraltices,

É viver dando ao neto gulodices

E empurrar toda a culpa na vovó.



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