Um estudo da Universidade de Wisconsin (EUA) constatou que o monge francês Matthieu Ricard, que vive no Himalaia há 40 anos, é uma das pessoas mais felizes do mundo. Ele apresenta alta atividade no córtex pré-frontal esquerdo, região ligada à sensação de felicidade, e quase nenhuma do lado oposto, relacionado à ansiedade. O segredo? Não se apegar a bens materiais e preocupar-se apenas com questões do espírito. Mas você não precisa imigrar para o Tibet e passar horas meditando. Cientistas calculam que 50% da felicidade é determinada pela genética, 10%, pelas circunstâncias da vida e 40%, por pensamentos e ações. Ou seja, você tem boa parte do controle. Veja algumas atitudes que contribuem para melhorar o astral.
Aguce a curiosidade
Pessoas inquisitivas têm mais chances de extrair significado e prazer de pequenas coisas. É o que mostra um estudo publicado na revista americana Motivation and Emotion. Mas não vale passar a tarde procurando vídeos novos no You Tube. O ideal é experimentar atividades fora da sua área de conforto. Quanto mais diversifica o seu dia a dia e descobre atividades novas, mais exercita o cérebro e melhora o humor. Prefira atividades que desenvolvam habilidades específicas, como aulas de idiomas. Isso porque, para aprender, você se desliga dos problemas cotidianos.
Acorde com água
A equação não é complicada: a desidratação deixa você para baixo, numa morosidade só, e a água ajuda a recuperar os níveis de energia. Já foi constatado que a taxa de hidratação é menor pela manhã. Então, tomar um ou dois copos do líquido logo cedo é um bom antídoto contra o mau humor matinal. Outra pesquisa recente mostrou que a água torna a malhação mais prazerosa. As pessoas que se hidratavam antes de subir na esteira e a cada 20 minutos, durante o esforço físico, disseram estar mais bem-humoradas ao longo e depois da atividade do que aquelas que não se hidratavam.
Aposte nas gorduras certas
Estudos mostram que dietas com menos de 25% das calorias vindas de gorduras aumentam a ansiedade, a frustração e a raiva. Por isso, nada de riscá-las do cardápio. Mas é preciso escolher as fontes certas, ou pode surtir o efeito contrário. Por exemplo, quem ingere muita gordura saturada fica mal-humorada . A dica é preferir as monoinsaturadas (encontradas no abacate e em oleaginosas) e o ômega-3, presente principalmente nos peixes de água fria. Esse tipo de gordura cria um ambiente ideal para a troca rápida de mensagens entre as células cerebrais. Na ausência de ômega-3, o cérebro se adapta e as respostas ficam mais lentas, levando as alterações de humor.
Está ruim? Escreva
Em momentos de tensão, é comum que nosso cérebro foque em pensamentos negativos. Precisamos mudá-los ou neutralizá-los para que não nos influenciem, Como? Fazendo uma 'faxina mental': identifique exatamente o que passa pela sua cabeça. Depois de isolar os pensamentos negativos, analise-os com calma (escrevê-los num papel pode ajudar). Por exemplo: se estiver preocupada com seu emprego, enumere possibilidades para apaziguar a angústia: converse com seu chefe, conheça a situação da empresa, acione sua rede de contatos.
Assuma você
Seu conceito de felicidade não é bem a família de propaganda de margarina? Ok. Nem precisa ser. Estar encaixada no padrão social não significa necessariamente felicidade. Tente levar a vida de acordo com o que deseja e lute para conseguir. Não é fácil, mas lembre-se de que a maioria das situações que acontecem (de bom e de ruim) com você depende... de você.
Promova o bem
Pesquisadores da Universidade da Califórnia pediram a voluntários que fizessem ao menos cinco boas ações por semana. Os mais dedicados - que faziam cinco boas ações por dia - relataram maior sensação de felicidade. Outro levantamento indicou que quem expressa gratidão com freqüência - e de forma sincera - também controla melhor a ansiedade.
Fonte: Revista Marie Claire
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